Naquele tempo havia um homem lá.
Ele existiu naquele tempo.
Se existiu, já não existe.
Existiu, logo existe porque sabemos que naquele tempo havia um homem e existirá, enquanto alguém contar a sua história.
Era um ser humano que estava lá, "naquele tempo",
e só os seres humanos podem contar a sua história porque só eles sabem o que aconteceu "naquele tempo": "aquele tempo" é o tempo dos seres humanos, o tempo humano.
Um homem estava "lá", "naquele tempo".
Estava lá e não aqui.
No entanto está aqui e permanecerá, enquanto alguém narrar aqui a sua saga.
(Agnes Heller, 1993, p. 13-4)
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